Geralmente alguém do setor de vendas efetua a venda do projeto, que muitas vezes foi disputado com outras concorrentes em um cliente, nesse cenário algumas horas foram suprimidas para tornar o valor mais atrativo e o pior de tudo, sem saber o tamanho da real necessidade.
O gestor/gerente se dirige a equipe técnica com uma visão macro do que deve ser feito, sem ter o levantamento das necessidades e detalhamento de requisitos, que será feito por essa equipe.
A equipe de requisitos faz o levantamento detalhado do que deve ser feito, geralmente descobrindo que deveriam ter acrescentando muito mais horas ao que foi vendido na proposta, e reclama ao gestor que diz não poder fazer muita coisa.
Uma equipe de construção recebe os requisitos e começa a trabalhar, levando em consideração a sugestão do gestor: ”A e se vocês usaram o módulo X do software B, e Y do H, vocês vão ganhar tempo!”.
E sem um planejamento técnico, projeto ou arquitetura do sistema a equipe entra em uma corrida de formula 1 com um tico-tico com um pneu furado.
Nisso vão noites de sono perdido, fins de semana e feriados trabalhando e uma ulcera ganhando forma.
No final das contas o projeto geralmente atrasa e a equipe que executa o projeto acaba levando a culpa.
E nesse ritmo sobre-humano que é produzido um software suboperacional, com erros acumulados e esperando à hora de sua execução para exibir uma linda mensagem de erro e justo naquela apresentação que será feita ao cliente que ficara com cara de que pagou muito e tem isso como retorno.
Essa é a engrenagem geradora dos bugs que assolam os softwares no mundo e no Brasil principalmente.
Mas o que poderia ter sido feito para evitar? Várias coisas, utilizar profissionais qualificados, ter a área de vendas alinhada com as áreas técnicas e por últimos nós os consultores de TI, que aceitamos o que é imposto sem ao menos questionar e quando chega o final do mês ainda agradecemos a consultoria ao emitir a NF e dar na mão deles.
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