domingo, 18 de novembro de 2007

Google Android é viável?

A famigerada empresa Google parece adentrar mais ainda a cada dia que passa o mercado de desenvolvimento de software.
Algumas iniciativas como a criação de um repositório de código fonte, criação das tecnologia AJAX e PageRank e agora Google Android, entre outras iniciativas onde o google mostra claramente que alta-tecnologia não é apenas uma ferramenta para alcançar os seus objetivos(ter lucro, claro) mas sim o seu negócio principal.

Dessa vez eles parecem dar um murro em cima de um prego, pelo o que dizem especialistas, ao reinventar a roda criando um novo sistema operacional para aparelhos móveis.

O mercado que o google adentra é dominado por empresas como Microsoft e Symbian, e através de um SDK baseado em Java, mesmo levando em consideração que a Sun possuiu uma ferramenta madura e aceita no mercado, a google planeja entrar em rota de colisão com os concorrentes. A questão crucial é, os diretores não perderiam a sanidade de uma hora para a outra ao tomar uma decisão desse tamanho e aparentemente duvidosa, e a google tem apoio de um grande grupo de empresas de TI e operadoras americanas o que tornaria uma loucura generalizada.

Levando em consideração que hoje a google tem um valor de mercado maior que empresas como a Sun, Apple e igual a IBM e Oracle, isso nos leva a raciocinar que apesar dessa decisão, deva existir algo mais que esta acontecendo e que não sabemos.

Talvez algum acordo para troca e adoção em massa desse novo SO, talvez algum acordo de compra de alguma empresa do mercado, tudo parece duvidoso nesse momento.
Mas temos que levar em consideração as decisões erradas e certas que a google tomou até o momento e chegaremos à conclusão que houve mais acertos do que erros.

Na atual conjuntura fica difícil discernir se foi uma grande burrada ou uma grande decisão da Google, o tempo dirá e talvez quem não duvidar agora terá mais chances de sucesso no futuro, pois apostar em tecnologias ou empresas duvidosas pode mostrar um grande negócio no futuro.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Banheiro nas empresas de TI

Apesar de parecer engraçado o tema desse post, banheiro é um dos locais dentro de uma empresa onde mais precisamos de privacidade e passamos algum tempo do expediente, sendo para fazer as necessidades vitais ou escovar dentes.
Lembro até hoje a experiência que tive em uma empresa onde o banheiro era localizado dentro da sala onde trabalhávamos, não sei se por uma falha de desenho do prédio ou para evitar que alguém perdesse muito tempo indo ao banheiro, mas lembro que quando algum usuário que tinha um intestino repleto de alguma refeição que não havia descido bem, a sala inteira de trabalho ficava impregnada com o cheiro de urubu em estado de putrefação.
Lembro também de outra empresa que tinha cara de repartição publica e os seus banheiros seguiam o mesmo modelo, no primeiro dia de trabalho em cada porta que eu mexia a maçaneta caia no chão e o banheiro só faltava ter alguém dando papel higiênico na porta, por que era o clássico toalete de rodoviária.
Em uma outra empresa que ocupava dois andares de um prédio na Berrini, a administração ao ver que os dois banheiros não davam conta de tanto trabalho resolveram improvisar mais um banheiro com um biombo e colocaram um vaso sanitário, a tentativa foi bem intencionada porém quem tivesse mais de 1,80 não conseguia sentar no vaso sanitário sem abrir a porta do “biombo”.
Também teve o caso da empresa pequena, onde o banheiro ficava de frente para a sala de trabalho e os mais variados sons se propagavam pela empresa, tinha até um fulano que fazia brincadeiras de duplo sentido com as pessoas que só depois de muito pensar descobriam do que se tratava.
Teve a grande empresa de telecomunicação onde a janela do banheiro ficava de frente para uma favela de São Paulo e geralmente era possível ver alguns sujeitos traficando e até trocando sopapos sem se preocupar se tinha alguém se concentrando no banheiro.
Banheiro também já serviu como ferramenta de terror, um dono de empresa não satisfeito com os resultados da equipe começou a cortar o papel higiênico e sabonete enquanto os resultados não melhorassem e os funcionários mais rebeldes traziam papel higiênico rosa de casa como manifestação.
O banheiro é um setor que deve ter bastante cuidado, afinal de contas é onde as “cagadas” são feitas de verdade e um funcionário com dor de barriga que tem nojo de usar o banheiro representa um profissional menos produtivo e concentrado apenas nas reações de seu intestino e pronto a sair correndo pela porta.

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

O programador foda

História verídica, um programador ao fazer entrevista para uma vaga em uma consultoria concorrendo a uma vaga em uma empresa de telecomunicação de São Paulo, mostrou todos os seus conhecimentos técnicos.

Após passar pelas formalidades habituais de uma entrevista o entrevistador pergunta ao candidato:

-Então, já que você já contou um pouco sobre você me conte quais são os seus conhecimentos técnicos.

Rapidamente o candidato abre a sua carteira para surpresa do entrevistador e saca uma carteirinha emitida pela Sun certificando que ele conhecia a sua tecnologia Java e joga na mesa.

O Entrevistador em dúvida olha para a carteirinha e para a cara do candidato e repete:

-Quais são os seus conhecimentos técnicos?

O candidato esboçando um sorriso responde:

-Eu sei tudo, não está vendo que eu tenho uma certificação!

-Mas comente os seus conhecimentos técnicos para eu ver se você é apto a essa vaga!

-Meus conhecimentos técnicos são: Eu sei tudo e sou foda!

O silêncio prevaleceu por alguns segundos até que o entrevistador fingindo não ter ouvida a reposta continuou:

-Bem me conte o que você gosta de fazer nas horas vagas...

O candidato no final da história não conseguiu a vaga, logo concluímos que: ”Ser ‘foda’ não é o suficiente para ganhar uma vaga.".

domingo, 21 de outubro de 2007

Ética empresarial no Brasil

Com o estouro do caso “Cisco Systems”, onde a policia federal fez o desmonte do esquema de sonegação de impostos da filial brasileira da empresa da área de alta-tecnologia, algumas pessoas se surpreenderam pelo fato de uma empresa desse tamanho ter cometido um delito desses.

Nessa operação da policia federal os diretores da empresa foram detidos e se encontram dormindo em uma confortável prisão.

Para nós que estamos na área, deve parecer uma surpresa o mundo corrupto brasileiro chegar até o mundo da alta-tecnologia e evoluído do primeiro mundo.

Porém você nunca parou para pensar por que a sua empresa sempre tem muitos projetos com algum cliente especifico ou até com o governo?

Nós que trabalhamos na parte técnica nunca temos contato e não sabemos como os contratos de vendas são fechados, quais argumentos foram usados para convencer o cliente a contratar a nossa e empresa e até como a empresa venceu a licitação.

De certa forma não precisamos saber disso né? Só temos que nos concentrar em trabalhar e fazer o melhor, afinal de contas é uma empresa privada!

Com um pensamento destes muitos brasileiros saem felizes todos os dias de suas casas e algumas vezes se vêm presos sem saber que estavam envolvidos no meio do esquema da empresa que trabalha.

Transparência não é uma característica exclusiva de saquinhos plásticos, é uma característica que qualquer empresa pode ter.

Quem faz a empresa, não é apenas o seu dono e sim todos os funcionários que trabalham nela e em determinado nível o dono também deve satisfação a seus funcionários.

Uma empresa contrata você se apresentar o RG que não é seu?Ou mesmo se a NF da sua empresa for do Paraguai?

Empresas fazem as suas exigências e algumas até verificam se você tem o nome sujo no Serasa e SPC para negar a vaga em caso positivo.

Mas será que existe um Serasa e SPC para proteger os funcionários dessas empresas tranbiqueiras como a?

Você não precisa ter acesso aos dados contábeis e fiscais da empresa, muito menos saber quanto foi pago por um projeto, porém se interessar de que forma foi fechado o contrato do projeto ao qual você pertence, quais condições foram propostas não é algo que vá entregar algum segredo de estado da empresa, apenas será uma informação que poderá indicar a transparência dessa empresa no mercado.

Caso isso não te interesse, sempre antes de sair de casa rumo ao trabalho ligue para a sua empresa, caso houver alguma operação da policia federal você não será pego no flagrante e se prepare para correr quando ouvir o grito: ”Olha o rapa”.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Mulheres na área de TI

A visão que se tem pela maioria das pessoas da área de TI é de que se trata de uma área machista e infestada de nerds.
Existem nerds na área, não é uma área totalmente machista e sim existem mulheres trabalhando com ti.
No Brasil existe a velha visão preconceituosa e perpetuada pelas pessoas que vêem com maus olhos todos aqueles se estudam mais do que o necessário como nerds, ou mesmo quem gosta de mexer em computadores.
Essa visão se alastra de forma que muitas pessoas optarem por outras áreas achando que não vão ser obrigados a serem tão “nerds” e acabam se enganando, pois hoje em dia esforço e conhecimento é sinal de dinheiro.
Antigamente muitas mulheres torciam o nariz quando ouviam falar em cursar faculdade de TI, geralmente a proporção de alunas nas salas de aulas eram de 40 alunos para 1 aluna.
Mesmo hoje em dia apesar do número de profissionais formadas na área, não existem tantas profissionais assim em cargos como Analista Programador ou relativo ao desenvolvimento, a proporção é muito baixa mesmo.
Existe até a famosa cena, onde na sala que vários profissionais homens trabalham adentra uma mulher que silencia todos para ver a “visitante” andar pelo ambiente.
Mas o número de mulheres parece está aumentando, porém em cargos que exijam mais contato pessoal com clientes, como gerente de projetos, web-design, analistas de requisitos, analista de suporte, analistas de negócios, cargos onde o foco é o contato com outras pessoas assim como a comunicação.
Em alguns cargos como de suporte técnico chega até a existir mais mulheres atuando que homens por sua natureza mais “pessoal” da profissão.
Mas existe o enigma, por que existem poucas mulheres trabalhando com desenvolvimento de software?
Para essa pergunta existe algumas “meias-respostas”, porém acho que preconceito e falta de conhecimento de como seja a área, sejam as maiores barreiras.
Com os salários gordos em vigência quem sabe essas visões atuais sejam deixadas de lado e todos, a área que precisa de bons profissionais e as estudantes que precisam de empregos, possam entrar em harmonia e todas possam ganhar juntos.

domingo, 7 de outubro de 2007

Nomes estranhos de empresas de informatica

Criatividade é um traço marcante em nós brasileiros e essa característica não deixa de estar presente na criação de nome de empresas na área de ti.
Veja a lista de alguns nomes interessante de empresas:

Sennior consultoria - quem sabe um dia ela foi a Pleno consultoria ou Junior consultoria.

Trust consultoria - nessa empresa você conhecerá as verdades da área.

Marcãosoft informática - uma referência a Microsoft abrasileirada.

Void informática - deve existir a “public static final” também.

Lâmpada consultoria - essa empresa ilumina o ambiente dos clientes.

Consoft informática - vem com soft grátis.

Funny consultoria - é uma consultoria bem “engraçada”.

Projeto Maior informática - também faz pequenos projetos.

Plano de informática consultoria - ela planeja bem os projetos.

Ação consultoria - essa consultoria nunca fica parada.

Meta consultoria - eles realmente trabalham com metas.

Login informática - para trabalhar nos computadores dessa empresa é preciso fazer login.

Password consultoria - tudo protegido com senha.

Converte consultoria - não temos problemas com conversões.

Ete informatica - uma empresa de outro mundo.

domingo, 30 de setembro de 2007

Home-office, o ambiente de trabalho do futuro

Imagine você levantar as 08:00 da manhã, tomar café em sua própria casa e começar a trabalhar as 08:30 sem sair de casa na empresa ao qual você é um funcionário.

Esse é o “sonho de consumo” profissional de muitas pessoas no Brasil, não precisar enfrentar o transito insano das grandes cidades, os stresses da locomoção e ainda estar bem próximo a família além de ter mais tempo para si mesmo.

Tecnologicamente hoje é possível, você pode ter a sua banda larga em casa, conexão VOIP com a empresa além de uma web-cam para fazer vídeo conferencia.

Mas por que na prática isso não acontece?

Uma das explicações é que alguns dos cargos exigem um comparecimento pessoal do funcionário, o que é verdade, porém em muitos dos cargos técnicos como em fábricas de softwares onde são passados especificações totalmente detalhadas isso não se torna necessário como em pequenas manutenções em software onde o empregado já possui um bom conhecimento sobre as regras do negócio.

Lógico que existe muitas empresas com pensamento ortodoxo no Brasil, empresas que trabalham com novas tecnologias, mas com a tradicional cultura escravocrata.

Essa cultura escravocrata tradicional é aquela onde você tem que estar aos olhos do seu patrão para que ele “garanta” que você esteja fazendo as suas obrigações corretamente e o principal, ele tem que estar sempre acompanhando o que você está fazendo na empresa dele para evitar que você danifique ou roube algo além de manter a clássica pressão sobre você.

Até lembro de uma empresa onde trabalhei que quando o dono da saia para uma reunião ficava ligando de 10 em 10 minutos para saber se tudo estava bem na empresa, talvez pudesse cair um meteoro em cima, não sei ao certo qual era o seu temor.

O grande problema no Brasil é cultural e disciplinar, de um lado as empresas que mantém a sua cultura tradicional e do outro lado os funcionários indisciplinados que causam arrepios em qualquer gestor.

Controlar funcionários já é difícil em um ambiente tradicional, e ainda mais com estatísticas que nos igualam à Namíbia em termos de produtividade, imagina um profissional que está em casa próximo a geladeira, família e muitas distrações que não encontraria dentro da empresa.

Acho que para atingirmos esse nível a cooperação entre funcionários e empresa teria que aumentar muito, a empresa abrindo mão da cultura tradicional e confiando mais no profissional e esse se regrando de forma a se manter produtivo.

Essa seria a única forma de atingirmos a maturidade necessário, através da cooperação conjunta de ambos que sairiam ganhando, a empresa com economia de custos e o profissional com ganho de tempo e diminuição de stress.

domingo, 23 de setembro de 2007

Setor de informática no Brasil, um setor repleto de inovações?

Geralmente temos aquela visão de que o setor de informática é repleto de invenções e inovações que podem ajudam a mudar o mundo diariamente.

Existem inovações nesse setor sim, como vemos diariamente em sites de noticias, porém o lado ruim é que essas invenções estão bem longes da nossa realidade, salvo algumas poucas cabeças inovadoras que pensam diferente do pensamento padrão Brasileiro.

O nosso setor de informática como pregam algumas pessoas, é apenas consumidor de alta tecnologia, que recebe produtos pré-fabricados por fornecedores e os coloca para funcionar.

Os grandes fabricantes como Sun, Microsoft, Oracle entre outros, empacotam os seus produtos que possuem as tecnologias de base, como por exemplo o algoritmo de busca de um banco de dados e fornecem para a grande comunidade de empresas que por sua vez utilizam para desenvolver algum software ou serviço para dar o suporte ao seu negócio.

Consultorias e outras empresas do meio apenas se utilizam dessas ferramentas e às vezes de forma errada ou tímida, empresas como essas não se focalizam em tecnologia de ponta e sim na aplicação da tecnologia a alguma negócio.

Um problema que existe no Brasil também é a questão da acomodação dos profissionais da área, existe um grande medo quanto a empregar novas tecnologias, medo construído pela falta de coragem e de conhecimento técnico, e o principal, o medo de ter que aprender algo novo e perder a situação “sossegada” atual.

Existe até a famosa tese pregada por muitos de que se a tecnologia está funcionando já é o suficiente, talvez isso explique por que você fica em uma fila enorme de banco para alguém passar um boleto com data de pagamento atrasado em um leitor de código de barras e fazer um cálculo simples de porcentagem.

São poucas ou raras empresas no Brasil que tentam se focar na criação de tecnologias ou mesmo em um uso mais eficiênte do que já existe, talvez pelos empresários e profissionais brasileiro não enxergarem grandes negócios na inovação, o que o Google nos mostrou estar em moda.

Como diz o velho e não muito original ditado: “Quem não arrisca, não petisca”.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Sistema 100% seguro, aprova de hackers!

Nesse post vou quebrar um pouco o gelo e escrever sobre um assunto fora do tema deste blog, vou falar sobre segurança.

Hackers ou Piratas virtuais (apelido vulgarizado pela rede globo) são normalmente conhecidos como aqueles nerds que mandam e-mails com links “clique aqui”, que quando clicados instalam trojans que copiam todas as suas senhas do computador.

Mas esses artistas virtuais, “hackers” (se é que esse termo hoje tem algum significado além de ladrão virtual) de verdade não se preocupam em roubar a senha do seu cartão e acessar os dados de sua conta e sim em fazer novas facetas tecnologias, descobrir falhas sobre softwares, descobrir falhas em grandes sistemas e reportá-las ou consertá-las ao invés de roubar, o termo hacker antigamente se referia a alguém que conhecia muito algo.

Não existem grandes segredos para se tornar um hacker, bastar estudar o sistema alvo, entender da tecnologia envolvida, ter astúcia para enganá-lo além de consultar listas de discussões e etc.

O grande alarde que se faz hoje em dia é mais por conta da mídia do que pelos feitos realizados, geralmente são ladrões que usam o meio virtual para ganhar dinheiro ao invés de grandes construtores de código.

Por conta desse alarde existem empresas que ganham dinheiro contra atacando hackers. Quem nunca viu um daqueles selos: “site 100% seguro”, “aprova de hackers”, entre outros. Esses selos acabam surtindo grande efeito no público leigo que acha que aquele selo ira repelir os invasores.

Hackers existem em todos os lugares, podem ser um funcionário que da manutenção no próprio sistema aprova de hackers, pode ser um diretor da própria empresa atrás de ganhar dinheiro do seguro, um fornecedor de software, pode ser qualquer pessoa que conheça o sistema ou até a empresa.

Não existem sistemas 100% seguros por duas razões:

Primeira: foi um humano que construiu o software e todos humanos erram, então outro humano pode descobrir o erro.

Segundo: Quanto maior o software, maior é a tendência para erros, um ou mais humanos colocaram a mão no software.

Lógico que existem muitas medidas que tornam software menos passiveis de invasão, quanto mais manual o processo há menos possibilidade de invasão.

Sim, quanto menos software, menos linhas de código são produzidas e consequentemente o território é menor para o hacker desbravar.

Porém isso não livra o software de falhas de segurança e nem de funcionários mal intencionados que podem tanto trabalhar manualmente quanto operando um sistema.

Infelizmente o mundo virtual segue a mesma regra do mundo real onde o grande fator causador de quase todas as desgraças e maldades continua sendo o ser humano e não natureza, além, fantasmas e bugs.

sábado, 15 de setembro de 2007

O nível de empregos crescendo no Brasil graças ao setor de TI/Informática

Tempo bom era aquele em que podíamos trabalhar em uma consultoria, usar aquela nota fiscal de empresa enquadrada no simples, pagar apenas 4% do valor da nota fiscal e ainda descrever o serviço como digitação.

Os tempos mudaram e hoje em dia não é mais aceito esse tipo de “jogada”, somos obrigados a usar empresas LTDA e a pagar mais impostos e por último, temos uma novidade, a “empregabilidade” como CLT está aumentando e tornando-se obrigatória em nossa área.

Em mais uma de suas jogadas para aumentar a arrecadação federal, o governo começou a apertar o cinto das consultorias quanto à prestação de serviço e contratação de funcionários.

Coitadas das empresas de TI, diriam alguns, porém ao analisar a cadeia produtiva, chegamos à conclusão de que tudo não passou de mais um “jeitinho” dado pelas consultorias para sonegar impostos.

Explicando melhor, o esquema funciona da seguinte forma: a consultoria não contrata o profissional como CLT sonegando impostos, assim o consultor se torna um prestador de serviços sem obrigação e vinculo com a consultoria e por sua vez emite uma NF e não paga os impostos que incidiriam sobre o seu horelit.

Isso é interessante tanto para as consultorias quanto para o profissional, ambos ganham com a sonegação de impostos.

Não que seja ideal deixar 4 meses de salário todos os anos para o governo, mas o brasileiro sempre tentará dar um jeito da mesma forma que o governo, é uma disputa para ver quem passa a perna em quem.

Nos últimos anos as grandes consultorias acuadas pelo governo começaram a reverter todo o seu contingente de prestadores de serviço em funcionários, o governo por sua vez está assinalando esses profissionais como novos empregos gerados no mercado dando corda ao crescimento exorbitante de Lula.

A batalha Governo vs Empresas de TI não parou por ai, tentando evitar a queda brusca de salários dos profissionais clt e seus próprios lucros, as consultorias começaram a oferecer novas modalidades de contratação, a chamada CLT-FLEX, onde uma parte do salário é registrado e o resto é pago como um beneficio, ajuda de custo, um cartão de crédito para gastar e etc.

É difícil dizer quem tem razão nessa batalha, de qualquer forma nos cidadãos sempre sairemos perdendo.

No final das contas, talvez o nosso governo seja o culpado por onerar excessivamente nós cidadãos com impostos, porém será que essas empresas que sempre “dão um jeitinho” não arrumariam uma forma de pagar menos impostos ou não pagar se a situação fosse diferente?

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Eu fui queimado - Parte 2

Segundo uma pesquisa feita pela organização internacional do trabalho, entre 124 economias, o profissional brasileiro ocupa a 65 posição como nação mais produtiva sendo passado por países como Chile, Argentina, Bósnia e Iran e se igualando a Uganda.

Com dados desse calibre está mais do que comprovado o quanto o jeitinho brasileiro nos iguala a Uganda em termos de produtividade.

O padrão de comportamento europeu e norte americano se diferencia muito do nosso, cada pessoa se preocupa mais em dar o melhor de si do que ficar falando maus dos outros.

Uma colega passou uns tempos na Europa e achou o comportamento dos europeus estranho demais, eles chegavam cumprimentavam, sentavam em suas mesas começavam a trabalhar, paravam para almoçar voltavam, trabalhavam até o fim do dia e saiam exatamente no horário todos os dias para ir embora.

Isso era um comportamento estranho mesmo, sem conversa paralela, sem ninguém comentar da vida da pessoa ao lado, mesmo ela tentou fofocar com o colega do lado e não teve sucesso.

O comportamento do trabalhador europeu reflete o nível de produtividades de seu país, europeus e americanos são os países mais produtivos desta lista da OIT.

Será que falta mais algum argumento para descobrir por que você ou alguém foi queimado dentro do ambiente de trabalho?

Eu fui queimado - Parte 1

Quem já não ouviu essas palavras no ambiente de trabalho mesmo da própria boca?

O Brasil como todos nós sabemos é o país dos “Gersons”, onde sempre se da um jeitinho e onde sempre se passa a mão na cabeça de quem faz errado e finge que não vê, existe uma concepção particular do que nós achamos que é certo, mas que vai contra o que é moral.

Brasileiro por excelência é afetivo, gosta de comemorar, falar e bagunçar, somos conhecidos por isso mundo afora, porém existe o outro lado da moeda.

A afetividade nos leva a criar grupos de amigos fechados, nos leva a falar da vida alheia, fazer piadas de tudo, falar mal dos outros e concordar com algo desde que não nos afete.

Somos de certa forma coniventes e culpados com o que acontece na própria política que é o reflexo da atitude do povo.

Lógico que essa atitude não é muito diferente no ambiente de trabalho.

Acontecem os conchavos, existem os “dedos-duros” aos montes, grupos são formados e diariamente colocamos o nosso lado irracional em prática, o predador que nos faz matar ao invés de ser morto no ambiente corporativo.

É uma situação difícil de ser controlada pelos gestores de projeto, pois é difícil domar os interesses de mais de uma pessoa ao mesmo tempo e essas situações acabam fazendo grandes estragos na empresa que paga o salário do funcionário que deveria estar trabalhando ao invés de ficar ligando para o que o colega do lado está fazendo.

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

A vida, o universo e tudo mais em uma consultoria

Trabalhar em consultoria não é fácil, fins de semana puxados, feriados e noites em branco em pró de algo que talvez você como consultor nunca veja funcionando ou o resultado.

As vezes temos aquele plano para emenda de feriado e no último minuto algum evento extraordinário faz com que essa viajem seja adiada.

A vida de consultor é bem puxada e pelas consultorias ganharem por hora os consultores tornam-se automaticamente “pré-dispostos” a trabalhar mesmo em horários excepcionais.

É difícil ouvirmos falar sobre projetos que estão adiantados ou que foram entregues antes do prazo em nossa área, brasileiro por excelência não é muito hábil em planejar vide o último grande projeto brasileiro, o pan-americano do Rio, onde foi pago quase 800% o valor do orçado inicialmente.

Lógico que muitos consultores e profissionais pagaram o pato por esses 800% trabalhando noite e dia sem dormir.

Em contra partida vemos o exemplo dos chineses, que acabaram as construções para as olimpíadas de Pequim quase 1 ano antes do previsto e tiveram que “atrasar” as obras intencionalmente para não deixa-las paradas.

Lembro até de uma situação onde um gerente de ti presenteou a equipe com canecas da empresa e canetas importadas comemorando a entrega de projeto com 1 mês de antecedência, como disse ele não época: ”Isso nunca aconteceu”.

Quem sabe algum dia a gente aprenda algo com os chineses, afinal de contas na área de ti no Brasil e que nem no futebol, quando o time ganha os méritos são do técnico, quando empata o time que não jogou bem e quando perde a culpa é toda do time.

domingo, 2 de setembro de 2007

Conselho de tecnologia


A área de tecnologia teve um boom nos anos 90 aqui no Brasil acompanhando o estouro da microinformática no mundo inteiro.

Por se tratar de uma área recente a informalidade e falta de regulamentação dos seus primórdios permaneceram tornando a área literalmente a casa da Maria Joana.

Vemos hoje em dia profissionais desqualificados(não no sentido formal da palavra, de não ter faculdade e sim que não tem conhecimento técnico sobre o que faz) trabalhando e causando grandes “estragos” para no final não se responsabilizar pelo resultado, afinal de contas consultor é que nem macaco, vive pulando de galho em galho apenas recolhendo o seu “soldo” pelas horas executadas.

Mas existem outros problemas que são agravados pela falta de regulamentação, imagina se tivéssemos regulamentação quanto ao valor hora e salários, o mercado se tornaria melhor para todos.

Um médico, por obrigação do Conselho de Medicina cobra um valor mínimo por consulta podendo ser multado caso não siga esse padrão.

A questão salarial seria importante para os profissionais iniciantes, pois existe muito profissional sendo explorado por consultorias inescrupulosas e ganhando muito pouco.

Mas por conta disso existiriam alguns vantagens e desvantagens.

Se associar ao conselho seria obrigatório, pagar um valor anual também, provas de conhecimento como da OAB (isso seria bem importante para nivelar o conhecimento mínimo) também seria interessante assim como poderiam ser criadas regras de conduta tanto para os profissionais quanto para as consultorias que fazem o que quiser.

Hoje em dia o consultor não tem para qual lado correr quando acontece algum problema, por usar o método de contratação de pessoa jurídica este fica a mercê do famoso contrato de fio de bigode, ou seja, contrato que não vale nada judicialmente, mas que todo mundo assina antes de começar a trabalhar.

Existem vantagens e desvantagens quanto à regulamentação, mas a lei da selva que prevalece hoje chega a níveis de total falta de profissionalismo, o que não é incomum no Brasil, porém poderia ser minimizado com algumas medidas de um órgão bem regido.

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Certificações no mercado de TI - Parte 2

Um exemplo típico de uso da certificação como marketing foi uma consultoria que recrutava estudantes em faculdades que passavam alguns meses estudando para as provas de certificações e trabalhando como estagiário, quando o profissional se certificava a consultoria o vendia como um profissional extremamente qualificado usando como argumento a certificação, sendo que o conhecimento prático e experiência eram zero.

Em um desses casos, de 10 profissionais enviados ao cliente, apenas 3 permaneceram por terem experiências prévias e mesmo assim com um valor hora cobrado do cliente superestimado.

Certificação serve como um atributo de valorização, onde você pode pedir um aumento baseado nisso, lembro do clássico caso de um profissional quando entrevistado para uma vaga onde o entrevistador perguntou para ele:”O que você conhece de Java?” e o profissional pegou a sua carterinha da Sun jogou na mesa e respondeu:”Eu sei tudo”.

Certificação também é usada como moeda de valorização e marketing pessoal, porém não tome isso como parâmetro para fazer a prova, pense em sua utilidade prática, se for o caso de um cargo eletivo apenas com essa tecnologia ou se será o diploma pendurado na parede da sala.

E não se esqueça de que nada é mais importante no mercado do que experiência e vivência, então não se afobe quando algum concorrente a vaga tiver um certificado, se você for mais experiente terá grandes possibilidades de "tomar" a vaga dele.

Certificações no mercado de TI - Parte 1

Já passou o tempo onde o profissional certificado para algum tipo de tecnologia (JAVA, .NET, ORACLE, ETC...) era um profissional raro de ser achado no mercado.

Hoje em dia essa realidade mudou, semanalmente são certificados muitos profissionais e as próprias empresas criam políticas internas visando isso.

Em alguns casos, a certificação serve para eleger o profissional a um cargo pela fabricante da tecnologia baseado em sua proficiência, casos de DBAs, Arquitetos, Administrador de Redes, Instrutor e etc.

Em outros casos servem para provar a proficiência do profissional em uma tecnologia, tornando apto a usa lá, tudo na teoria lógico.

Na prática, uma certificação acaba servindo como um filtro de currículos dentre o bolo que os analistas de Recursos Humanos recuperam do site APINFO.

Em alguns casos as provas de certificações chegam ao ponto sobre a tecnologia que raramente ou nunca é usado no dia-a-dia, porém é conteúdo obrigatório e reprovável, como também as provas acabam possuindo um conteúdo muito inferior do que o profissional com experiência tem, conheci um caso onde o consultor fez a prova sem estudar qualquer coisa sobre a tecnologia e apenas com o seu conhecimento prático e passou com índice bem alto de acerto.

Existem muito profissionais com vasto conhecimento sobre as tecnologias que trabalham que não se interessam em fazer essas provas, porém isso não faz com que eles sejam menos procurados no mercado, como também existem profissionais iniciantes que fazem à prova e usam como argumento de conhecimento para negociar salário e concorrer a vagas.

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Carreira técnica x carreira não técnica, vantanges de cada uma...- Parte 2

Ao assumir um cargo não técnico você pode “gualguar” novos degraus em menos tempo, de um coordenador de projetos pode se tornar um gerente, partir para a área de vendas, se tornar um diretor técnico e por ai vai.

Para esses cargos não técnicos, os níveis de responsabilidade são maiores e a pressão sofrida é grande, pois se trata de gerir equipes, lidar com superiores mais exigentes e principalmente lidar com os clientes, que muitas vezes são implacáveis com erros.

Agora em uma carreira técnica, as suas atividades geralmente se limitam ao que você faz e em alguns pontos a lidar com uma equipe na parte técnica, o que muda em relação a um gerente que é obrigado a lidar com todos os aspectos de sua equipe.

Considere também que um profissional na área não técnica precisa ter uma pós-graduação, cursos de inglês, PMI e etc, enquanto para um profissional técnico basta que ele conheça muito e tenha o superior.

Um comparativo para isso seria um Y, onde uma perna seria menor e teria um limite de tamanho, e a outro seria todo o resto da letra, na carreira não técnica a possibilidade de evolução e ascensão é muito maior, dependendo do tamanho da empresa que você estiver, porém a carreira técnica possibilita que você se estabilize e fique assim por muito tempo, apenas bastante ficar atualizado com as tecnologias em voga.

Existem profissionais em COBOL que mesmo depois dos 70 anos e aposentados são chamados novamente ao mercado, o que prova a extensão e aceitação de um profissional técnico no mercado.

E por último, consultores ultra-especializados que sabem fazer o seu networking e se vender conseguem ser bem valorizados nesse mercado, pois já é difícil achar profissionais em Ti, e um super-especialista vale ouro, isso é o contra-peso da carreira técnica.

Carreira técnica x carreira não técnica, vantanges de cada uma...- Parte 1

Geralmente dentro do mundo das consultorias temos a divisão entre profissionais técnicos(analista, programadores, arquitetos, técnico de suporte, dba) e não técnicos(analista de negócios, gerentes, coordenadores).

No grupo dos profissionais técnicos, temos desde profissionais iniciantes que acabaram de sair da faculdade a até os super-consultores com muitos anos de mercado e salários astronômicos.

No grupo dos não técnicos temos os profissionais com alguma experiência na área, com perfil de liderança(não obrigatório) e que possuem habilidades interpessoais que os profissionais técnicos geralmente não tem, profissionais com muitos anos de carreira que acabam assumindo esses cargos em momentos de reciclagem da carreira.

Quando você trabalha mais como cargo técnico a tendência é você adquirir experiência e se especializar em algo e passar um bom tempo em uma empresa ou como consultor independente.

A carreia técnica, apesar de remunerar bem acaba impondo o limite de no máximo você se tornar um super-consultor-especialista, o que pode acontecer em menos de 5 anos.

Para alguns, isso pode ser uma situação vantajosa, pois com muita experiência a remuneração ser torna alta, mas para quem procura desafios, a carreira técnica pode impor alguns limites onde para você se tornar um super-especialista em algo mais do que você já é, levará mais tempo e um recomeço talvez.

terça-feira, 21 de agosto de 2007

A decadência técnica da área de TI , bugs, parte 2

Nós consultores ajudamos a criar o grande problema com qualidade de software de hoje, assim como as consultorias que pouco se interessaram com a qualidade do que esta sendo entregue, assim também como os gestores/gerentes de Ti que apenas se preocupam em entregar no prazo prometido.

Geralmente alguém do setor de vendas efetua a venda do projeto, que muitas vezes foi disputado com outras concorrentes em um cliente, nesse cenário algumas horas foram suprimidas para tornar o valor mais atrativo e o pior de tudo, sem saber o tamanho da real necessidade.

O gestor/gerente se dirige a equipe técnica com uma visão macro do que deve ser feito, sem ter o levantamento das necessidades e detalhamento de requisitos, que será feito por essa equipe.

A equipe de requisitos faz o levantamento detalhado do que deve ser feito, geralmente descobrindo que deveriam ter acrescentando muito mais horas ao que foi vendido na proposta, e reclama ao gestor que diz não poder fazer muita coisa.

Uma equipe de construção recebe os requisitos e começa a trabalhar, levando em consideração a sugestão do gestor: ”A e se vocês usaram o módulo X do software B, e Y do H, vocês vão ganhar tempo!”.

E sem um planejamento técnico, projeto ou arquitetura do sistema a equipe entra em uma corrida de formula 1 com um tico-tico com um pneu furado.

Nisso vão noites de sono perdido, fins de semana e feriados trabalhando e uma ulcera ganhando forma.

No final das contas o projeto geralmente atrasa e a equipe que executa o projeto acaba levando a culpa.

E nesse ritmo sobre-humano que é produzido um software suboperacional, com erros acumulados e esperando à hora de sua execução para exibir uma linda mensagem de erro e justo naquela apresentação que será feita ao cliente que ficara com cara de que pagou muito e tem isso como retorno.

Essa é a engrenagem geradora dos bugs que assolam os softwares no mundo e no Brasil principalmente.

Mas o que poderia ter sido feito para evitar? Várias coisas, utilizar profissionais qualificados, ter a área de vendas alinhada com as áreas técnicas e por últimos nós os consultores de TI, que aceitamos o que é imposto sem ao menos questionar e quando chega o final do mês ainda agradecemos a consultoria ao emitir a NF e dar na mão deles.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

A decadência técnica da área de TI , bugs, parte 1

Passamos por um período critico no desenvolvimento de software.
A informatização avançou para várias áreas onde o processamento de informações era manual, assim fazendo várias vítimas, profissionais que executavam trabalhos repetitivos foram trocados por programas de computadores.
Com essa demanda crescente de desenvolvimento de software, o número de softwares que são desenvolvidos e colocados em funcionamento mensalmente cresceu de forma assustadora e por sua vez as consultorias de outsourcing e desenvolvimento de software aproveitaram para expandir os seu número de clientes ficando cada vez mais enraizadas nas empresas como fornecedoras de mão de obra.
Pelas consultorias apenas fornecerem a mão de obra e as empresas clientes deixarem tudo na mão das consultorias se preocupando apenas em seu negócio, uma problema tornou-se muito evidente a ponto de fazer as empresas perderem dinheiro, software mal escrito.
Nem as consultorias que fornecem mão-de-obra, muito menos os clientes se preocupam com a qualidade do que está sendo executado, o software, e a famosa frase, muito usado por gerentes de Ti resume o problema:"Faz ai do jeito que for mais fácil".
Quem nunca pegou para dar manutenção aquele software feito por um sabichão que usa a fundo Design Patterns e tudo que é tecnologia "legal" mas não relevante para a solução do problema?
Como disse Bjarne Stroustrup, o mago da programação e criador da linguagem C++, "A qualidade do software produzido hoje em dia está muito baixa, muitas pessoas desqualificadas geram o que hoje poder ser uma ligação caindo em um telefone ou um caixa eletrônico falhando...".
Aqui no Brasil o problema tem uma dimensão muito maior, as empresas apenas se preocuparam com a gestão de projetos e não a gestão da tecnologia, achando que o problema era o controle sobre o que estava sendo feito e não a qualidade do que estava sendo feito, os prazos geralmente são redigidos levando em consideração "O menor prazo para tornar o projeto viável".
Mas de quem é a culpa? Todos nós, é a resposta, na próxima parte dessa matéria explicarei a razão.

domingo, 12 de agosto de 2007

Consultorias de Outsourcing / Informatica, remuneração e faturamento


As consultorias de Outsourcing dão muito lucro hoje em dia, a proporção pode chegar a cada hora que você trabalha eles ganham 6 x o valor, tudo depende do tamanho da empresa e seus contatos, projetos e etc...
Em média, os profissionais estão próximos desses patamares:

Iniciante: entre R$20,00 e R$30,00 reais por hora
Pleno: entre R$30,00 e R$37 reais por hora
Senior: entre R$38,00 e R$45 reais por hora

A terceirização/Outsourcing geralmente é faturada por hora, eles somam as horas do profissional alocado no cliente, multiplicam pelo o seu fator de lucro, emitem uma nota fiscal e enviam ao cliente.
Vamos supor o seguinte:

Consultoria A
Profissionais : João Junior R$22,00
Mauro Senior R$35,00

Levando em consideração que eles trabalharam 168 horas no mês nos temos:
João R$22,00 * 168 = R$ 3696,00 de salário no mês
Mauro R$38,00 * 168 = R$ 6384,00 de salário no mês
_______________________________________
Total dos salários: R$10080,00

Levando em consideração que a Consultoria "A" cobra (3x)trêz vezes os valores, teremos o seguinte:
João R$ 3696,00 * 3 = R$11088,00
Mauro R$ 6384,00 * 3 = R$19152,00
___________________________
Total cobrado do cliente R$30240,00
Salários R$10080,00
___________________________
Lucro R$20160,00

No final das contas para cada R$1,00 que você produziu a consultoria ganhou R$2,00, pagou menos impostos por que você é PJ e apenas teve o trabalho de imprimir uma nota fiscal e levar ao cliente.
Pense duas vezes quando você emitir sua Nota Fiscal no final do mês e você verá que o seu salário não é tão bom assim e que nem ao menos você tem algum benefício.

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Estrutura das consultorias de outsourcing - informatica - TI



As consultorias que fazem outsourcing geralmente são compostos por três setores, diretoria e tomada de decição, Rh/HeadHunter e Financeiro, algumas consultorias maiores que fazem desenvolvimento de projetos acabam tendo alguns outros setores, como a TI, PMI e etc.

Diretoria/Vendas
: geralmente faz os contatos com os clientes e fecha os contratos, esse é o trabalho de "alto-nível" dentro dessas empresas.

Financeiro: cuida da grana, geralmente acaba sendo a própria diretoria da empresa que faz esse papel, mas de qualquer forma e considerado um setor a parte.

RH/Headhutner:
são psicólogas e analistas de RH que fazem a capitação do profissional, geralmente através do site www.apinfo.com , publicando anúncios, para depois realizar a entrevista com o intuíto de traçar o perfil do candidato.

Essa é uma estrutura de uma média ou pequena consultoria, as pequenas acabam tendo os três papéis concentrado nas mãos de alguns poucos profissionais e grandes acabam tendo mais setores pela grande demanda de trabalho, mas sempre haverão estes setores, independente do tamanho da consultoria.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Consultorias de TI/Outsourcing, estrutura de trabalho

Consultoria que faz Outsourcing é o que mais existe aqui em São Paulo.
O mercado de alocação de profissional é uma mina de ouro e hoje em dia por estar em um estágio de globalização ganhou um nome bonito, Outsourcing.
Nessa nossa área de TI siglas são inventadas todos os dias para se referir a coisas que já conhecemos, no caso alocação de mão de obra ganhou o nome "Outsourcing" e nós o "produto" em questão, somos os "Colaboradores".
Antigamente e até hoje em dia, ex-funcionários de grandes e médias empresas aproveitando de seus conhecimentos e contatos, acabaram montando consutorias para oferecer mão-de-obra na área de TI para essas empresas onde trabalharam, que começaram a terceirizar seus setores de TI/Informatica deixando apenas os "Analista de negócios", antigos funcionários da área de TI da empresa que conhecem o negócio da empresa.
A princípio a inteligência do negócio continua na empresa, porém a mão de obra que executa a parte pesada é terceirizada(nós pobres consultores).
Com isso o cliente reduz o número de funcionários, paga por serviço e não por funcionário e a consultoria ganha em cima da alocação de seus consultores que também não são funcionários, são prestadores de serviço afim de pagar menos impostos que é propagado pela piramide, algo que detalharei em breve.
Essa é a estrutura de trabalho na área de TI vigente, no final das contas, por pagar apenas os impostos de prestação de serviço existe a impressão de estarem ganhando bem, mas no final das contas, a consultoria ganha um percentual alto em cima de cada profissional sem fazer quase nada e o cliente gasta menos e paga apenas o serviço tendo um profissional em sua empresa como se fosse um empregado.
Essa estrutura da abertura a uma série de problemas que veremos em breve, por que geralmente o profissional alocado no cliente não enxerga esse como seu patrão e dentro desses clientes não existe um controle de qualidade da atividade executada.

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Diferença entre programadores e analistas

Essa é a forma como os analistas de requisitos/negócios/gerentes e o pessoal de tecnologia programadores/arquitetos/técnicos se vêem:

O pessoal não técnico vê o pessoal técnico dessa forma:
Programador/Técnicos: anti-social, nerd, não gosta de pessoas, xinga os analistas, enrola para fazer as coisas, tarefas fáceis levam dias, vivem reclamando de prazos, têm muitas mordominas e vivem enfurnados em suas salas usando MSN, lendo e-mails e copiando MP3 e ganham muito mais do que quem arruma os contratos e acalma os clientes pelos atrasos.

O pessoal técnico vê o pessoal não técnico dessa forma:
Analista/Gerentes: Não entendem de tecnologia, são enrolões, só sabem papear, vivem em reuniões enrolando, acham que todas as atividades são fáceis, o maior desafio diário é usar o outlook, não trabalham fins de semanas ou fazem horas extras, sempre têm sorrisos nos rostos por que não fazem horas extras e ganham mais que o pessoal técnico que é quem faz o serviço sujo.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Vaga irrecusável



Depois de passar por entrevista com a HeadHunter de uma consultória de São Paulo e quase acertar os pontos foi solicitado uma entrevista junto ao cliente onde eu seria alocado/comercializado.
De comum acordo de que se eu não gostasse do cliente, não aceitaria a vaga eu fui até a sede dessa empresa que trabalhava plano de saúde.
A entrevista técnica aconteceu normalmente, um encarregado explicou como funcionava a empresa, tecnologias e etc, e na entrevista com o dono da empresa que "o hipopótamo botou a cara para fora da água", o dono, um argentino ensinuou primeiro que eu precisaria faltar na faculdade, eu estudava naquela época.
E falou que quase sempre eu teria que sair mais tarde do trabalho.
A velha conversa que gira em torno de você trabalhar bastante, colocar a empresa acima de tudo e não ser remunerado, talvez os empresarios achem que é legal trabalhar de graça, não sei até hoje.
Depois da entrevista eu comuniquei a consultoria que não havia gostado da vaga e eles teimando com isso fizeram eu ir falar pessoalmente.
-Você disse que não gostou da empresa, de que teria que faltar na faculdade para ficar trabalhando.-falava a gerente da consultoria.
E eu respondi:
-Sim o dono da empresa deixou isso bem claro, que eu teria que me dedicar e faltar algumas vezes na faculdade e ainda sair mais tarde sempre, e eu não gostei do jeito dele.
-Você está engando, ele não deve ter falado isso, lá é uma grande empresa que eu tenho vários profissionais, você acha que é ruím mas você está engando e mais ainda sobre o dono.-trovejou perdendo a paciência.
-Mas ele falou isso para mim.-eu respondi.
E a gerente não acreditando:
-Não, isso não é possível, você não é capaz de avaliar uma grande empresa, não tem discernimento ainda, você está enganado.
Escrupulos é o que falta para essas consultorias, e no caso dessa gerente, falta um parafuso na cabeça dela.

domingo, 5 de agosto de 2007

Gincana

Gincana, essa é a palavra que descreve a busca das consultorias brasileiras que fazem outsourcing/head hunting atrás de profissionais para o já excasso número de profissionais qualificados.
Em uma história verídica, uma consultoria ao procurar profissionais da tecnologia em JAVA abordava profissionais sem conhecimento prévio em ti, fazia um treinamento prévio do que era JAVA e do que deveria ser respondido em uma prova que o cliente da consultoria aplicaria nos candidatos e os mandava ao cliente.
O cliente ao receber os pré-qualificados candidatos tinha crises de desespero, projeto atrasado e a consultoria tentando vender os "profissionais" de qualquer forma.